Traficantes do Complexo da Penha e do Alemão, no Rio, planejavam comprar drones com câmeras térmicas para monitorar ações da polícia durante a noite, segundo investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). As mensagens interceptadas foram anexadas à denúncia do Ministério Público do Rio e deram base para a megaoperação realizada na terça-feira (28).
A tecnologia permitiria identificar movimentos de policiais mesmo no escuro e reforçar o controle territorial da facção Comando Vermelho, que domina mais de mil comunidades no estado, de acordo com a PM.
A operação prendeu 113 suspeitos, incluindo integrantes ligados à cúpula criminosa. Alguns chefes conseguiram fugir. A investigação revelou estrutura hierárquica, escalas, ordens de tortura e um sistema avançado de vigilância, com câmeras espalhadas nas comunidades.
O objetivo dos criminosos era ampliar a capacidade de defesa e monitoramento das áreas dominadas, demonstrando o uso crescente de tecnologia pelo tráfico no Rio.




