O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), denunciou mais duas pessoas envolvidas na Operação Raio X, que apurou um esquema de desvio de recursos públicos da saúde por meio de organizações sociais em diversos municípios paulistas, incluindo em Pacaembu, utilizando a entidade OSS Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu.
De acordo com a denúncia, os investigados tentaram ocultar a origem ilícita dos valores desviados com a compra de imóveis rurais no Mato Grosso do Sul. As propriedades, localizadas no município de Taboado e totalizando 153,37 hectares, seriam adquiridas por R$ 5 milhões.
Um dos denunciados, apontado como líder da organização criminosa e responsável pelo controle das entidades envolvidas, já acumula condenações que somam 184 anos de prisão, pelos crimes de peculato cometidos em Birigui e Penápolis. O outro acusado integrava o núcleo empresarial do grupo, atuando como sócio-administrador de uma empresa usada para firmar contratos e adquirir bens com recursos públicos, visando dissimular a origem ilícita do dinheiro.
Segundo os promotores Rodrigo Gonçalves e João Paulo Serra Dantas, a tentativa de lavagem de dinheiro foi interrompida graças à deflagração da Operação Raio X.
