Pacaembu (SP) — Moradores de diversas regiões da cidade continuam enfrentando transtornos em mais um período de chuvas, enquanto aguardam a conclusão das obras de asfaltamento e captação pluvial. A situação se torna ainda mais angustiante pelo fato de que os recursos para a execução das obras foram disponibilizados há mais de quatro anos, mas, em razão de diversos entraves, os serviços ainda não foram concluídos.
Entre os principais problemas enfrentados pela prefeitura, destaca-se a ausência de empresas interessadas no processo licitatório inicial. À época, a abertura do certame não atraiu concorrentes, configurando o chamado “processo deserto”, o que obrigou o município a revisar projetos, realinhar preços e abrir novas licitações, atrasando significativamente o início das intervenções.
Anos depois, quando uma empresa finalmente venceu a concorrência, a prefeitura precisou rescindir o contrato em razão do descumprimento do cronograma. A empreiteira responsável abandonou as obras, o que resultou na aplicação de multa e na abertura de nova licitação.
Com a contratação de uma nova empresa, a expectativa pela conclusão das obras ressurgiu. No entanto, as fortes chuvas que, sazonalmente, ocorrem entre dezembro e maio, têm dificultado o andamento dos trabalhos, trazendo ainda mais transtornos para a população.
DINHEIRO ESTÁ NO COFRINHO
A frase “O dinheiro está no cofrinho”, dita em transmissão ao vivo ao lado do então secretário de Licitação e Contratos no Portal FALA, repercutiu amplamente nas redes sociais. A declaração foi colocada em dúvida por políticos, jornalistas e internautas, que questionaram se os recursos realmente estariam reservados.
Apesar das críticas, importante destacar que todo o processo licitatório, a formalização dos contratos e a garantia dos recursos seguem rigorosamente as normas da legislação vigente. Os valores permanecem disponíveis por meio de convênios firmados com os Governos Estadual e Federal, o que assegura a continuidade e a finalização das obras.
Enquanto a execução do projeto avança em ritmo condicionado às condições climáticas, cresce a expectativa dos moradores para que, em breve, as obras tragam mais infraestrutura e qualidade de vida à cidade — expectativa que se renova e se intensifica a cada novo temporal.